O Ridículo de Amar
Há quem diga que o amor esconde muito e quem diga que o amor é apenas complexo e nada mais. Há quem diga tanta coisa sobre este, virtudes e defeitos. E como todos dizem algo, quem sou eu, portanto, para os ousar contradizer. A minha opinião conta somente por uma e não por milhares, é por suposto neutra.
A minha opinião é das casuais, afirmo docemente que o amor é puro, vago, e de instantes perfeitos. Afirmo também que quem acredita em pleno naquilo que digo é um triste, um infortunado.
Pois no meu entender, nos meus adjetivos faço apenas criticas ao amor inconsciente, de que adianta o amor ser puro, se o púrico é inalcançável; de que adianta ser vago, se consta em perdição soberba, de que adianta ser perfeito se nem Deus enquadra nos padrões da perfeição?
O amor é um sentimento ridículo, cura desilusões e agrava os ferimentos, posso apenas dizer que é o mais trágico e voraz de todos, não há sentimento que se assemelhe a ele, talvez a loucura, talvez.
Não entendo a humanidade, os casais entre as areias e os beijos entre paredes, porque querem todos amar?
Não há dia algum em que não repare no horizonte, nas nuvens e no mar; não há dia algum, em que não veja amor e solidão.
Mas também, apesar de tudo, tal como o mundo, tenho um aceso desejo pelo amor e tal como o mundo, desejo a felicidade independentemente do quanto ridículo isto possa parecer, todo mundo anseia amor.