AUTO DO AMOR NA AUTO ESTIMA
Sufocante ausência tua
Faz de minh’alma, espelho
Folhas decíduas que sobem
Bem-querer do azedo firmamento.
Sei que não sou de arrebites
De apreciar o vinho e de roer a botelha, sou
Já não hei em presença minha por azinhagas.
Não sei se primo pela repleta lua
Ou se corro com os rolimãs nas calçadas
Já é hora de deitar os cabelos, ousar pouco mais.
Carinhos amolecem a pele, mas rejuvenescem
Trazem a impelida vitória por meios que brotam
Perfilhadores versos me rumam novamente
Sou da vida a escada, duas mãos, uma só demão.
Ouço debater o silêncio cáustico na janela
Adentra a fresta, poeira insipiente
Pouca desnutrição no cais que almeja
Nem que por amor, pare; nem que pelo amor, seja.