AUTO DO AMOR NA AUTO ESTIMA

Sufocante ausência tua

Faz de minh’alma, espelho

Folhas decíduas que sobem

Bem-querer do azedo firmamento.

Sei que não sou de arrebites

De apreciar o vinho e de roer a botelha, sou

Já não hei em presença minha por azinhagas.

Não sei se primo pela repleta lua

Ou se corro com os rolimãs nas calçadas

Já é hora de deitar os cabelos, ousar pouco mais.

Carinhos amolecem a pele, mas rejuvenescem

Trazem a impelida vitória por meios que brotam

Perfilhadores versos me rumam novamente

Sou da vida a escada, duas mãos, uma só demão.

Ouço debater o silêncio cáustico na janela

Adentra a fresta, poeira insipiente

Pouca desnutrição no cais que almeja

Nem que por amor, pare; nem que pelo amor, seja.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 26/06/2007
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T541771
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