ACORDEI SOL
É cedo ainda, os olhos vagueiam a perder de vista e pousam no silêncio,
onde qualquer palavra perde o sentido.
Deito o olhar na manhã orvalhada comparada às lágrimas da noite mal
dormida, sacudida pela saudade da lua e dos brilhos das estrelas.
Chove ainda, chuva miúda, bendita, traz uma brisa fria, um frio na espinha... Pensamento voa.
Onde foi parar aquela folha levada pelo vento?
Chove ainda, mas bebi tanta esperança que pendurei alguns versos num poema e acordei sol.