Morte? Eu a recuso!

Estou morto, mas mesmo que tudo indique um estado de plena morte, eu recuso a aceitar a minha mortandade, pois mesmo estando morto, renego a minha morte.

Mesmo morto e em estado completamente mortificado, me recuso a me deitar, me recuso a morrer.

Luto para que da morte eu possa me levantar, pois me recuso estar morto em vida, luto para que enfim, eu retorne novamente a viver, estar vivo em vida novamente.

Ó morte! Eu cuspo em você e não quero seu abraço, não vou de maneira alguma diretamente para os seus braços, não adianta querer fazer com que eu desista do meu amor pela vida, mesmo que algum dia você me agarre a força, desistir de amar a vida é uma proeza que jamais conseguirá realizar, mesmo que tenha me vencido e eu esteja morto no final, vou encontrar um jeito de voltar a viver.

Gustavo Araujo de Avila Campos
Enviado por Gustavo Araujo de Avila Campos em 11/10/2015
Reeditado em 11/10/2015
Código do texto: T5411205
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