Feita a quem se acha demais
Há muito que não tento rimar,
então não me peça consideração,
nunca irei bem tratar
aquele que não olha pro chão.
Infeliz, não quer ver, nem pisar
aquilo que tem debaixo dos pés,
anda de venta empinada
e se nos olha é de viés.
Maldito, a terra há de comer
sua carne e os órgãos teus
seus ossos são como o pó desta terra,
assim como também são os meus.
Só não te firo a faca por que também és filho de Deus.
(esta prosa poética é um trecho de um conto meu, o narrador é um nordestino do sertão que se dirige a um aquém que se acha demais.**por isso o uso de linguagem regional.)