O TEMPO

Tempo... às vezes, tão efêmero,
Outras vezes, demoram anos!
Por que o tempo às vezes, é tão rude e cruel?
A ansiedade de esperar que o "tempo exato" aconteça e...

Ficamos a mercê da dúvida e das filhas das incertezas e, 
Tal como escravos acorrentados aos elos do passado,
Somos torturados, atormentados esperando que
A hora chegue e com ela tendo o fim como troféu.

Mas entre tantas horas adentro, somam-se dias, semanas
Desconhecemos os segundos em que somos sugados pelo vício
Que penetra na mente, chagas de torturas do tempo...
E nos momentos de lucidez, sempre vem a dúvida pra inquirir:
Será que ainda tenho o TEMPO ao meu favor?
Ou pra sempre serei escravo deste terror?

O que fazer quando esperamos desesperadamente 
Que o tempo logo acabe e, por fim, aliviados ficamos
Quando tudo o que nos feria, sara...e as dores no passado
Longínquo por lá mesmo é esquecido, como sinônimo
De lição, aprendendo de vez que ao amor, tudo é verdadeiro
Por onde for, dissolve com destreza o fel em perfume de flor
Pairando sobre no jardim de nossa mente, como fonte de vida.

Mas, enquanto a felicidade até mim, não vem eu me questiono:
Quando saberemos, exatamente em que ponto do tempo, 
As lágrimas marcaram o seu início, meio e fim???

Aflitos, esperamos inquietantemente que o Senhor Tempo 
Nos dê a resposta esperada, sonhada, aguardada...
Mas, quando saberemos?


Só o tempo, dirá. - Retruca maldosamente, o Tempo.
O tempo está sendo mal, rude e cruel comigo.
Sarcástica é a sua atitude,
Meu caro Senhor do Tempo.
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 01/10/2015
Reeditado em 19/11/2016
Código do texto: T5401078
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