Forasteira,  
nem bem chegou e foi fazendo estragos,
destruindo muralhas e exigindo prioridade,
inundando a vida dele com afagos.
Ela tomou posse dele,
usucapião em todos seus sentidos,
fazendo-o até abandonar a leitura 
dos rabiscos que fiz a ele em delírio.
Ela laçou sua alma,
embebeu seu corpo de beijos,
guardou a chave do coração dele no colo de seios.
Deixou-o atordoado, de novo acorrentado,
a uma cela vizinha 
daquela que ele tinha recentemente escapado. 
Ele aprendeu logo como se conquista na surdina
e tentou ser  um Forasteiro em minha vida.
Queria apenas,
meu coração como prêmio de conquista,
para colocar do lado esquerdo do peito feito relíquia.
Apenas ele se esqueceu,
que poetas leem as intenções nas entrelinhas...
Railda
Enviado por Railda em 26/09/2015
Reeditado em 16/07/2016
Código do texto: T5395529
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