Balas de Festim
Minhas mãos parecem grades que
aprisionam vontades de tocar, sentir, acariciar!
Apenas o pensar não mais me satisfaz,
A imaginação não passa de um voo em um
céu de delírios...
Lembranças são tapetes que desenrolamos
e enrolamos no chão do passado.
Viverei eu, até quando, de fotografias e poesias?
Até quando beberei o vinho de uma garrafa vazia?
Até quando insistirei em arrancar vozes, sorrisos do
silêncio?
Em que pode o vazio me preencher?
Sento-me nesses cantinhos da vida onde, sequer,
posso me recostar...
Tudo inexistente,
Tudo fantasioso,
Todas as coisas tão ausentes,
Realidade picotada dentro da gente!!!