Balas de Festim

Minhas mãos parecem grades que

aprisionam vontades de tocar, sentir, acariciar!

Apenas o pensar não mais me satisfaz,

A imaginação não passa de um voo em um

céu de delírios...

Lembranças são tapetes que desenrolamos

e enrolamos no chão do passado.

Viverei eu, até quando, de fotografias e poesias?

Até quando beberei o vinho de uma garrafa vazia?

Até quando insistirei em arrancar vozes, sorrisos do

silêncio?

Em que pode o vazio me preencher?

Sento-me nesses cantinhos da vida onde, sequer,

posso me recostar...

Tudo inexistente,

Tudo fantasioso,

Todas as coisas tão ausentes,

Realidade picotada dentro da gente!!!

Marinez Novaes
Enviado por Marinez Novaes em 24/09/2015
Reeditado em 09/10/2015
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