Borboleta

Ha uma mínima borboletinha que ficou mais de uma hora em cima do note, tão paradinha e numa posição que quase me dificultou o teclar...

liguei um ventilador perto para que o vento pudesse ajudar e a levar para a janela, mas ela se segurava, não a incomodava a fumaça do cigarro que queimava, depois de um tempo, parei, olhei um tempo para ela e pensei comigo, enquanto aproximei o dedo dela:

- O que queres borboletinha? porque não vais para a mata?

tuas asas assim abertas parecem uma boca, será que alguém lá longe me mandou um beijo ou precisa de um?

toquei-a com cuidado, ela é bem pequenininha, quase nada...

levantou uma asinha com o vento do ventilador mas mesmo assim não voou.

Deixei-a lá quietinha e por cima dela com as mãos altas no teclado começo a digitar...e digito muito.

e só ai...ela voa...

Coisas da madrugada de um poeta.

Vai na paz borboletinha...

Márcia Poesia de Sá.

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 23/09/2015
Código do texto: T5392059
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