Borboleta
Ha uma mínima borboletinha que ficou mais de uma hora em cima do note, tão paradinha e numa posição que quase me dificultou o teclar...
liguei um ventilador perto para que o vento pudesse ajudar e a levar para a janela, mas ela se segurava, não a incomodava a fumaça do cigarro que queimava, depois de um tempo, parei, olhei um tempo para ela e pensei comigo, enquanto aproximei o dedo dela:
- O que queres borboletinha? porque não vais para a mata?
tuas asas assim abertas parecem uma boca, será que alguém lá longe me mandou um beijo ou precisa de um?
toquei-a com cuidado, ela é bem pequenininha, quase nada...
levantou uma asinha com o vento do ventilador mas mesmo assim não voou.
Deixei-a lá quietinha e por cima dela com as mãos altas no teclado começo a digitar...e digito muito.
e só ai...ela voa...
Coisas da madrugada de um poeta.
Vai na paz borboletinha...
Márcia Poesia de Sá.