"FACE SEM RISO"

Não sou nada sem o riso,

Não sou nada sem a doença do riso.

Quando me deito

E descanso a melancólica cabeça no travesseiro,

Busca-me o passado

Que deveria permanecer inexistente.

Ele vem-me lembrar

Que estou sem a doença do riso

E me faz acreditar que a minha vida

Não foi satisfatória sem o riso

A natural solidão

De uma face que não teve motivos para sorrir.