Tapera

Hoje venho aqui matar a saudade.

Não se preocupe, eu sei que não te encontrarei,

Hoje você mora em outra casa

Hoje eu sou tapera,

Sinônimo de outros tempos,

Que foi e que de fato era.

Sento-me. Só. Observo.

Sinto o cheiro do pó.

Minha mente não deixa a história morrer,

Nela eu te encontro perfumada,

Nela o ar tem sorrisos,

A casa tem vida

E a vida tem você.

Deixo uma rosa

Como outrora.

Ela vai secar

Você nem vai ver,

Enquanto ela estiver viva

Ela representará o passado,

Em que vivemos verdes,

Felizes e perfumados.

Seca ela representará o presente,

Que não respira

Que não exala odores,

Sinto-me o passado

Nele quero morrer,

Foi lá a felicidade dos

Meus versos de amores.

Pedro Branco
Enviado por Pedro Branco em 21/09/2015
Reeditado em 28/02/2016
Código do texto: T5390160
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