Amigo
— Você tem amigos?
Devo confessar que uma resposta convincente não sabia oferecer aquela simples pergunta, então, no volver dos sentidos, disse:
— O que é “amigo”?
Riu-se quem a mim perguntavam e com um sacarmos voluptuoso respondeu-me:
— Amor, companheirismo, afeto e confiança.
Refleti nessa resposta na companhia daquele bosque florido, minutos depois com uma voz queixosa e quase incompreensivo indaguei:
— Não saberei responde-te essa pergunta que num raio de segundos interroga meu coração amedrontado.
Passa-se quase um ano…
Naquela tarde chuvosa e fria, chega-me aquela pergunta que a pouco tempo ria-se do meu desespero por uma simples resposta:
— Você tem amigos?
Uma ânsia estava afogando meus nervos para responder-lhe, uma súplica dominava meus sentidos, que nesse momento já não sentia medo ou afago pela resposta, com firmeza e serenidade respondi:
— Sim, agora sim. Antes não compreendia os meus próprios sentidos, não conhecia o meu “amigo de longas datas”, no leito de uma alma simples, perfeita e amorosa encontrei-me com uma vulga de “amigos” não conhecidos, mas que eram amigos e que foram gradualmente se amando, passei a conhecer o real significado da palavra, no passado que jamais quero que volte, não existia uma simples rosa para preencher esse nome, hoje, no presente que virará futuro, há um campo florido que enche esse nome esplêndido, existe uma base sólida sendo construída ao redor desse campo, e, nele contém muitas flores e sei o nome de cada uma, começando pelo homem que rega em conjunto a todas essas almas ligadas entre si como elo em uma corrente, JEOVÁ e todos os meus irmãos de fé.
Teresina, 2015.