Será O Amor Uma Falácia?
_ Ora, não sabes que o amor é uma falácia?
O amor é criação humana, utópica invenção.
Ferramenta que te garante a sobrevivência;
o doce lenitivo que te desembaraças da depressão.
O amor fez nascer em ti o piegas, o poeta.
Um alienado, que vive a fugir da banda dos antenados.
O amor é feito de devaneios, e eu prefiro os pragmáticos,
porque coisas do romantismo não enchem barriga, tampouco o bolso.
Amor é tristeza, solidão, apego, sofrimento e fraqueza.
“Amar” é torturar o coração.
Ó amor, onde estás?
Não! Tal sensação falaciana, não encontra em mim paradeiro,
pois o que realmente move os homens é o dinamismo do dinheiro.
_ Não digas bobagem, meu caro amigo:
O amor tem soerguido tantos enfermos;
curado tantos desenganados, mormente os que padecem das dores do coração. E te digo mais: só o amor sai em defesa dos inocentes e busca conscientizar os culpados, incentivando-os a resgatarem suas dívidas morais.
O amor é paciente, benevolente e embora não exija de outrem nenhum sacrifício, pode realizá-los sem hesitar.
E se queres saber o que é caridade: é quando o amor se traduz em ação.
Por sua vez, o amor conjugal é celeiro de bênçãos: uma união feliz, ou uma escola de aprendizado, porque só quem aprende a arte da boa convivência, estará verdadeiramente aprendendo a arte do amar.
O amor é perdão e compreensão, e isso é para os fortes.
O amor não escraviza, porque não é paixão.
As obras advindas da incompreensão e do insano desejo, é que nos tiram a simplicidade da alegria de amar.
Em suma, sofrer é a recusa do bem-aprender.
O teu dinheiro nunca compraria o meu respeito, minha afeição ou minha leal amizade, contudo, prezo a tua sinceridade.
Não, amigo, o amor não é uma falácia.