Você acorda e me olha
As asas feridas desenham o voo baixo e apalpam o silêncio. Sob a luz cansada a valsa triste sonha virar bolero e conserta o concerto onde flautas se escondem entre lírios.
Venha e me ouça: dizem.
Desça e me abrace: sonham.
As pupilas molhadas, as papilas da fala, a espuma amarga. As palavras acodem, sequiosos, e a música decresce, pétalas por todos os lados.
Você acorda e me olha.