FALANDO DE AMOR

Tanto(s) meio(s),
Quanto por inteiro
complicado falar deste destemido,
ora temido, sentimento;

Nos acompanha
como se estivesse numa concha fechada,
ou, andando livremente nos campos,
Nos jardins a rosa e o espinho,
Inseparáveis...

Alma única ocupando um corpo
Que reluz ao Sol e a Lua,
O choro da chuva.

Quantas vezes quis  mandar pra longe,
De onde veio, e aí?
de onde vem esse forasteiro?
Deixando-me confuso
Entre o medo e o Receio.

Quantas vezes lhe dei conselhos,
Mas você foi astuto, matuto, bateu o pé
Caipira, neste corpo de MULHER!

Quantas vezes vi seus sonhos
Suas vontades, seus desejos
Quebrar em mil pedaços,
E o tempo o refez com arte,

Quantas vezes me deixou com saia justa
Cinta (sinto) apertado no meu corpo
Sufocado perdendo o folego.

Quantas vezes sofri por você
com você?
Foram poucas, eu sei...

O suficiente para crer que
Mora no meu peito.
Do lado direito,,,

Coração,
Sei que nunca quis arranhar um,
Mas o seu já pediu socorro
Me deixando quase morto.

Pensando bem,
A minha razão perde para a emoção,
Você é pele, olhar,
horizonte desconhecido,

Compadecida, peço que fique
Sem você nada sou,
Seria um pedaço de madeira
Beijando galhos,
e estes chutando o chão.

Desconfio
em se tratar da minha alma,
Então viva em mim,
Não quero lhe perder;
Sei que me faz sofrer,
Ainda assim não quero
Sua ida
.

Apronto-me para recomeçar
Passos
Nessas  voltas que o mundo dá,
Sempre me vejo com você
No mesmo lugar.

Falar de amor, 
Já não sei se sou eu
Ou, você que domina
Desde o nascimento.

No meu corpo santuário
Do sentimento...
Quem fala neste momento
É o terceiro elemento;
Puro pensamento!
isis inanna
Enviado por isis inanna em 12/09/2015
Reeditado em 12/09/2015
Código do texto: T5379420
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