Reparas nos detalhes de um velho amor?
Reparo todos os dias na foto nova que colocas no whatsapp, na subtileza com que elas aparecem, na delicadeza com que os meus olhos as lêem, noto a cada dia o que nenhum homem nota numa vida, e anota-me isto.
Nas sombras vejo as estrelas da perdição e a sua própria lua, por vezes questiono-me quem és, se és quem me machuca ou quem me mata, e desesperadamente desejo seres quem me mata, desesperadamente, quero morrer nos teus braços, morrer com a tua faca no meu coração, morrer de forma intensa e amar a morte perdidamente ser um louco e amar-te assim.
Quero que me ames desde a fracção de segundo em que me deixaste, quero que me ames no mesmo local e que roubes ao tempo todo o tempo que ele nos roubou, quero dar continuidade á história e, por ti, ei de parar de escrever a lápis e experimentar a inalienável tinta da esferográfica que o nosso amor nos concedeu.
E por mais idiota que possa parecer, espero a morte a cada esquina, espero-te em cada beco, anseio-te em cada esconso.
Por favor, mata-me, mata-me ! Não me cortes, não dispares em mim, mas mata-me, não gosto de balas nem de facas e, felizmente gosto de ti. És a minha única salvação para o fim desta solidão, és a bala que me perfura a alma e a faca que me penetra o coração, és tu quem me mata, matas-me sem ver, matas-me sem falar, matas-me só de olhar. Acredito, que nem que fosse cego seria encantado no teu olhar, encaminhado no teu charme e perdido no teu doce estontear.