Mandala de Mandela: o hino de todos os sul-africanos
Mandala de Mandela, a cela é escura e estreita e trinta anos se arrastam:
" dentro da noite que me rodeia
negra como um poço de lado a lado
eu agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável "
O ódio fermenta na alma , amargo e feroz, mas o coração começa a escutar o silêncio:
" nas garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo nem me desespero
sob os duros golpes da sorte
minha cabeça sangra mas não se curva"
O perdão vai florescendo lentamente entre cicatrizes que ainda doem e as lembranças da palavra viva:
" sobre esse lugar de raiva e choro
paira somente o horror da sombra
e a ameaça do tempo me procura
e me descobre destemido "
E a cela agora se ilumina com a força que vai despontando, lúcida aurora sobre o que era desespero, a justiça se alinha com a verdade e o ser se regenera totalmente:
" pouco importa se o portão é estreito
pouco importa o tamanho do castigo
eu sou o dono do meu destino
eu sou o capitão da minha alma "
A verdadeira liberdade é conquistada, aquela que não pode ser suprimida, e a liderança amorosa se completa, logo a Mandala de Mandela vira a inspiração do seu povo e (poema dentro desta prosa, Invictus, de William Ernest Henley) sua oração se torna o hino de todos os sul-africanos.