Fantasmas
Meus fantasmas frequentemente tentam libertar-me da corrente que me faz prisioneiro neste mundo hodierno a ocidente. Igual, igual e igual... Assombram-me com visões de outra vida, outra possibilidade de ser, onde o céu sem nuvens azul claro cega as retinas... Onde a vastidão oceânica esvazia-me por completo de todos os pensamentos, deixando-me apenas as emoções produzidas pelas sensações desse esvaziamento da mente. Sem ética, filosofia, religião moral ou estética... Apenas alguns cálices de vida me restam, pois meus fantasmas apenas me assombram e não me contestam. Assim, então, que me levem meus fantasmas. (Fábio Omena)