A paixão
Não me tenha como um ser antigo, mesmo que te fale do triunfo e da monotônia do passado.
E não me tenha como ser vivente, não me contenta ser vagante ou só presente.
Não me tenha com ser da morte, eu supero o ser que te amedronta. E não me tenha como ser ausente, quero a fase dos homens e do tempo.
Tenha-me como metáfora das formas de tudo que é inconstante.
Equilibre-me entre um anjo e um demônio e acredite que humana é minha tática e inconsciente, naqueles que me tem.
Deforme minha face, se isso te contenta e te convém. Tenho muitas delas e nem todas são para ti.
Submeta-me ao teu estrés enquanto é procura ou doce ato de amor ou murmúrio de solidão.
E quando enfim chegares a mim, me toma e me cospe!
Porque há hora e tempo exato pra que eu seja aquilo tu ama... E me desfaça naquilo que te fere.