Desencanto
O que vale mesmo uma manhã de sonhos quando tudo está desperto; quando já não temos tanto; quando nada se constrói?
E faz parte do sistema minha fé se desarmar, a reforma da mentira a deforma de um amor. De que vale o mundo ainda?
Enterrando as próprias cinzas sou meu próprio desamor. E, mesmo assim, há algo de inteligente em aprender com os finais.
Bem depois da cura do desejo; do beijo do algoz; a fronte do temor, algoritmos carnais.
Pode cortar meu peito agora, eu não me importo em estar errado.
Pois desde sempre o amor tem seu teor... Manipulado.