"Vielas e Becos, Línguas e Boatos"
Caminho calmamente pelos becos, dormente
Pensamentos me levam a um mundo doente
Anestésico absorvo dos atos nada coerentes
Sigo silente por vielas e becos sem serpentes
Uma chuva lava as calçadas e línguas felinas
Becos nas entrelinhas, são agulhas sem linhas
Becos que acolhem boatos entre as tais vizinhas
Desocupadas mentes que aderem a rodinhas
Roda da fortuna, roda da língua grande, são
Todas elas que fiam e tecem os fiapos, refrão
Cantiga que lateja nas pontas dos dedos vão
Em busca de mais linguarudas tecer a dicção
Vielas, becos não foram feitos para tecer boatos
Foram feitos para tecer histórias, verdades e fatos
Digo Não, a pura lorota contada aos quatro atos
Ver, ouvir, julgar e falar aos ventos, atos ingratos
A má língua dos outros que julgam por si só, faz
O outro enxergar com a visão contrária da paz
Espalhar o verbo da boca mal sã é pecado jaz
Um dia, palavras más voltarão ao coração voraz
Será tarde da noite, quando ouvir soar a trombeta
Não precisa juntar seus bens pois, não há gaveta
A morte será o passaporte sem nenhuma maleta
Reaprenderá a lição quando retornar ao planeta.
(Simone Medeiros)
Caminho calmamente pelos becos, dormente
Pensamentos me levam a um mundo doente
Anestésico absorvo dos atos nada coerentes
Sigo silente por vielas e becos sem serpentes
Uma chuva lava as calçadas e línguas felinas
Becos nas entrelinhas, são agulhas sem linhas
Becos que acolhem boatos entre as tais vizinhas
Desocupadas mentes que aderem a rodinhas
Roda da fortuna, roda da língua grande, são
Todas elas que fiam e tecem os fiapos, refrão
Cantiga que lateja nas pontas dos dedos vão
Em busca de mais linguarudas tecer a dicção
Vielas, becos não foram feitos para tecer boatos
Foram feitos para tecer histórias, verdades e fatos
Digo Não, a pura lorota contada aos quatro atos
Ver, ouvir, julgar e falar aos ventos, atos ingratos
A má língua dos outros que julgam por si só, faz
O outro enxergar com a visão contrária da paz
Espalhar o verbo da boca mal sã é pecado jaz
Um dia, palavras más voltarão ao coração voraz
Será tarde da noite, quando ouvir soar a trombeta
Não precisa juntar seus bens pois, não há gaveta
A morte será o passaporte sem nenhuma maleta
Reaprenderá a lição quando retornar ao planeta.
(Simone Medeiros)