Sem mais finais.

Até que ponto amor é suficiente? Ele mesmo já me falara tantas vezes que não era. Que amor sozinho não bastava. Que amor tinha que ter cumplicidade, amizade, compreensão e sacrifício. E então, por causa da falta de tudo isso, fizemos nossos finais. Mas sempre voltávamos, porque simplesmente não conseguíamos ficar um longe do outro. No entanto, eu sempre me lembrava de todas aquelas vezes em que ele terminara comigo. Isso me magoava tanto que perfurava e esmagava toda a confiança e segurança que eu carregava em mim. Aos poucos, o fio que nos aproximava foi afrouxando, até nos distanciar. Todos os sentimentos ficaram desconfiados, ariscos. Após tantos rompimentos, nos tornamos cautelosos, e isso esfriou o relacionamento. Fomos soterrados por desconfianças e medos. Principalmente, eu. A todo o instante eu sentia que estava a um ponto de perdê-lo mais uma vez. Era um medo que me acompanhava para onde quer que eu fosse. Eu não suportaria passar por tudo aquilo novamente. Então, eu me freei. Eu me mantive nessa linha, nesse limite seguro que eu criei no meu coração. Tudo porque eu não aguentaria mais um fim. Eu estava cansada de finais. Eu me anestesiei inconscientemente, para não sentir medo e nem dor. E, sem perceber, blindei o amor, então não sentia mais nada. Nem por mim mesma".

"Can you imagine no first dance

Freeze dried romance

5 hour phone conversation?

And tell me did venus blow your mind?

Was it everything you wanted to find?"

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 28/08/2015
Reeditado em 29/08/2015
Código do texto: T5362767
Classificação de conteúdo: seguro