Aceita que não há mais salvação, que não podes amar um amor que não nasceu. Deixa ir esse sentimento que te faz estagnar, na esperança perdida do inexistente brilho apagado. Entenda, que o amor verdadeiro é amado por dois, que há caminhos sem voltas, desencontrados. Vivas a vida que está em ti, não queiras outro mundo, ele não te pertence, é inabitável como outro planeta. Esqueças, que não és amada, tampouco querida, que tua presença é indiferente, diferente do que foi. Seca a lágrima, que cai todos os dias, enquanto esperas inutilmente uma palavra para fazer-te feliz. Quem tu pensas que és, para perder a fé em ti mesma? Onde pusestes tua força, aquela que não te deixavas sucumbir? Levanta-te! Olha para dentro de ti, vê a luz que abandonaste, ela segue ali, fraca, mas ali para voltar a iluminar. Ama-te, como sempre te amaste, sem vergonha de seres quem és. Permita que as borboletas voltem a habitar teus dias, a morar no teu estômago,  para que teus olhos voltem a sorrir, pelo teu amor vivo. Não deixes morrer o sol, por algo imaginário, isso é crueldade. Abra-te para alguém que faça poesia com sua vida, só porque fazes parte dessa vida, e te necessitas nela.
Sorria, com aquele sorriso que todos conhecem,
dos que amam estar contigo para ver-te sorrir,
gargalham de alegrias quando falas coisas bobas.
Desperta, mulher!!
Tu mereces mais que uma espera sem fim,
espera que só existe nos teu sonhos,
no teu coração que não sabe ouvir a razão.
Escolhas cores que não desbotem diante das resistências,
quem ama não resiste, persiste nas dificuldades,
luta sem medo, não perde tempo.
Dança, a música que sempre dançaste,
que te fazias fechar os olhos e dançar sozinha.
Canta um samba alegre, feliz,
esquece o fado triste que toca em teus ouvidos.
Desista, não era amor, não foi canção.
Foi só tua imaginação.
Vês aquela estrada?
Siga-a, partas, sejas tu, sempre tu!
Ama-te!! Cura-te!!
Deixa ir o que não é teu, quem não pode amar-te.
Vivas, viva-te!
Esqueças, mas não esqueça-te!
Ama-te, e deixa-te amar!
Não tens mais nada para perder.