Quem Sou Eu?
Eu vivi intensamente, em tempos remotos.
Sou antigo e, talvez por isso, esteja morrendo.
Sou do tempo em que a palavra tinha valor,
E a honra, era muito mais que uma simples palavra no dicionário.
A vida tinha preço inestimável,
Se é que podia ser avaliada...
Mulher era sinônimo de dama
E o homem era cavalheiro.
Ah! Bons tempos foram aqueles!
Tempo em que a família foi o estandarte social;
E se unia à muitas outras na Igreja Matriz,
Única, nas pequenas cidades!
Eu sou do tempo em que a fé era universal,
E o Deus do universo era único.
Sou do tempo dos pais dos pais que ai estão,
Do tempo das cantigas e reuniões familiares em volta da fogueira...
Do tempo em que o abraço exprimia afeto,
E o beijo representava amor, carinho, proteção...
No meu tempo, filho não batia em pai,
E marido venerava a esposa, rainha de seu lar.
Sou do tempo em que favor não se cobrava,
Mas era pago com a melhor das moedas, a amizade.
Naquele tempo, eu reinava soberano,
Era amigo de todos, e todos me estimavam.
Eu mantive casais e famílias unidas até a morte,
Eu principiava o amor e convivia com ele,
Em todas as relações, em todos os contratos...
Eu estava entre os homens,
Vivi entre os casais, entre os pais e os filhos,
Entre o fraco e o forte, o rico e o pobre,
O velho e o jovem, o homem e a vida...
Hoje, usam meu nome para representar medo,
Opressão imposta pela força, arma dos poderosos,
Que a outros poderosos me apresentam,
Mas já não sou eu, é meu sucessor,
Porque eu estou morto,
E quem me prezava, está morrendo comigo,
Enquanto vou, com eles,
Pra sepultura do esquecimento...
Eu vivi intensamente, em tempos remotos.
Sou antigo e, talvez por isso, esteja morrendo.
Sou do tempo em que a palavra tinha valor,
E a honra, era muito mais que uma simples palavra no dicionário.
A vida tinha preço inestimável,
Se é que podia ser avaliada...
Mulher era sinônimo de dama
E o homem era cavalheiro.
Ah! Bons tempos foram aqueles!
Tempo em que a família foi o estandarte social;
E se unia à muitas outras na Igreja Matriz,
Única, nas pequenas cidades!
Eu sou do tempo em que a fé era universal,
E o Deus do universo era único.
Sou do tempo dos pais dos pais que ai estão,
Do tempo das cantigas e reuniões familiares em volta da fogueira...
Do tempo em que o abraço exprimia afeto,
E o beijo representava amor, carinho, proteção...
No meu tempo, filho não batia em pai,
E marido venerava a esposa, rainha de seu lar.
Sou do tempo em que favor não se cobrava,
Mas era pago com a melhor das moedas, a amizade.
Naquele tempo, eu reinava soberano,
Era amigo de todos, e todos me estimavam.
Eu mantive casais e famílias unidas até a morte,
Eu principiava o amor e convivia com ele,
Em todas as relações, em todos os contratos...
Eu estava entre os homens,
Vivi entre os casais, entre os pais e os filhos,
Entre o fraco e o forte, o rico e o pobre,
O velho e o jovem, o homem e a vida...
Hoje, usam meu nome para representar medo,
Opressão imposta pela força, arma dos poderosos,
Que a outros poderosos me apresentam,
Mas já não sou eu, é meu sucessor,
Porque eu estou morto,
E quem me prezava, está morrendo comigo,
Enquanto vou, com eles,
Pra sepultura do esquecimento...