Frenesi
Minhas mãos passeavam no seu corpo, movidas pelos seus suspiros.
Suas frases atrevidas penetravam meus ouvidos como pedidos desesperados por socorro.
Então, me envolvia numa dança do cio, que castigava nossos corpos, maltratava nossa pele no contato, no gosto. Manchava nosso lençol com o suor da paixão que nos unia em um só ser, por uma razão. A de aproveitar o momento, o encontro de homem e mulher, sob o olhar frio e inanimado das paredes de um quarto, que calado ouvia nossos gemidos cada vez mais vivos. Seu hálito quente no meu rosto secava minha boca que perdidamente pedia pela tua.
A manhã havia chegado com gosto de adeus e, assim, Talvez num outro mês de agosto encontraria você pronta sobre um leito com desejos de mais de mim e mais dos meus beijos.
Marcelo Queiroz
20/08/15
15:00h