Lamento Cigano!

Lamento Cigano!

Aqui estou, resultante

Do barulho intenso da vida.

Vida que percorri por longos caminhos,

Por colinas e vales vi a hipocrisia passar...

Encolhi-me. Me fechei. Me guardei

Na busca, na entrega, em paz,

Ao puro pensamento

Cujo nome é oração!

Agradeço, olhando o infinito,

Os momentos que desfrutamos...

Não precisamos nos dizer adeus

Pois vivemos na mente um do outro.

Mas eu tinha de partir...

Não podia ficar!

Desculpe ter ido embora

Mas, ao teu lado, me partia em pedaços,

Tive de fugir!

Fugi para não voltar...

E o lamento que ouves,

É o choro da cigana andarilha.

Nas noites enluaradas, no encontro de almas,

No plano terrestre e no plano astral,

Vejo e sinto o teu olhar,

Que perfuma a saudade do caminhar!

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23.8.05

Campo Grande-MS

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 24/09/2005
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