Que um Dia me Pertenças, Jessy

Poderia fazer uma lista das sensações que despertas em mim e no entanto seria um total desperdício. É inútil fazer uma lista, se me lembro a todo o tempo do que mais gosto em ti, tudo; és imperfeita, mas eu amo cada parte de ti, cada parte de mim aprecia cada pequeno detalhe teu, sabe-se lá porque.

Sabe-se lá porque o porque de eu te amar. Sabe-se lá os pigmentos da vida que carregas contigo, sabe-se lá as cores que o mundo tem, sabe-se lá as que ele liberta ao ver-te, sabe-se lá se o azul do mar não nasceu de ti, ou se o branco das nuvens não é uma cópia exacta do teu sorriso.

Sabe-se lá das estrelas quando não te deitas comigo em nossa cama. Sabe-se lá do pôr do sol quando não acordas nos meus braços.

Sabe-se lá se a vida não depende de ti para viver.

Lamento, saber isto que mencionei e ter-te trocado por nada, ter-te trocado por uma vida sem ti, tentar uma vida sem a eloquência de te ter. Tentar é um falhar que só se mostra falha quando não te encontras comigo.

Juro que lamento, o facto de não te ter, por outro lado agradeço. Ter este amor e não o querer explorar é tão estranho quanto ter o céu e não o inundar de nuvens e estrelas a toda vez que sinta o teu olhar.

Talvez, não seja digno deste amor mas sabesse lá, se não é o amor que não nos merece.

Amo-te, e no entanto só te quero quando o vento sopra o teu nome, só te quero, quando sei que não te posso ter, só aí vales o tempo que espero por ti, só aí, vales este grandioso amor, só aí, és inacabável em mim, Jessy.