nas linhas das mãos
Nas linhas das mãos o destino já havia selado o encontro.
Em minha palma havia seu nome.
Na dele o meu Ser.
O toque era leve e quente.
As mãos pareciam se derreter a fim de tornarem-se unas.
O fogo feito por elas acendiam os olhos de um e de outro.
Nada se dizia, mas tudo era entendido.
Cada fogo do toque e cada faísca das íris que se cruzavam.
Eles estavam em transe.
Suas mãos pareciam serpentes que buscavam se entrelaçar.
- e apertar o máximo possível para não se deixar mais ir...
O beijo era o selo daquela paixão devoradora.
Cada toque seguido de meias palavras
Já eram suficientes para excitá-los.
Desejavam voar às alturas para poderem, enfim, pertencerem um ao outro.
Palavras e gestos jamais seriam suficientes.
O calor não podia ser explicado
A vontade de se terem era vista em seus olhares.