Nas metades de Tudo

Linhas,

Faixas restritas,

Paredes, muros, ruas sem saída...

Sabe, a gente vai se impedindo de viver,

Vai deixando vontades pelos caminhos,

Vai guardando outras,

Vai se desfazendo aos poucos de tantas coisas

que não se permite viver...

O invisível torna-se visível,

O possível torna-se impossível,

O infinito torna-se tão findo,

As limitações nos escravizam,

Os pensamentos se intimidam,

Os olhos se contendo, segurando a visão

A vida que tanto desejamos que nos abrace

parece ter braços curtos,

O chão segurando nossos passos,

Nos vemos obrigados a esquecer o céu,

a viver as coisas pela metade, sem sentir o doce

da outra parte...

Nos conformamos!

Morrer... Enterrar o que pudemos ser,

na mesma cova do que nunca fomos!

Marinez Novaes
Enviado por Marinez Novaes em 18/08/2015
Reeditado em 11/10/2015
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