Manhã de 29 de abril de 2015

(com um quê de barba feita)

A animação acorda junto! Coisa rara atualmente, mas sempre muito bem-vinda.

Abri meu jornal eletrônico, o qual assino, e li sobre política.

É, politica. Aquela coisa que muitos odeiam, alguns participam e muitos não entendem. Todas as vezes que faço uma postagem com algum cunho político me arrependo!

Acho que realmente fica complicado quando se fala o que as pessoas não querem ouvir (até mesmo quando se está do lado delas).

Vou me ater em escrever meus singelos rabiscos e continuar me expondo politicamente somente no meu voto e no boteco da esquina onde bato meu ponto, jogo gamão e derramo meus copos.

Lavo o rosto e vejo aquela cara de ontem, meu cabelo está carecendo de um corte curto, é mais prático e o calor abranda. Escovo meus dentes, lavo novamente o rosto, faço meus alongamentos e vou-me ao banheiro de fora, da área dos fundos.

Lá já tem um livro me esperando e o meu trono que adoro. Agora vamos falar em poesia, em algo romântico que me toca, me desmancha e me conserta, me dobra e desdobra, me faz feliz e moleque. Já estou pintado de guerra, já ouço tambores e ao fundo a água cai de um céu pardo e enterra meu otimismo.

A espada é das Cruzadas, a roupa de soldado negro, as botas de couro bem grosso e o olhar de quem já morreu de véspera.

Dilacerei meus fantasmas em praça pública ao som de Björk, a luz de holofotes com canapés diversos e uma vodca da boa.

Era uma manhã como a de hoje, quarta feira; era Maomé indo à montanha e Maria indo à feira; um carro avança um sinal, outro estaciona erroneamente em vaga de deficiente; uma criança cai muito doente e de repente cai meu astral.

Fui caminhar e me perdi no tempo e no espaço, deixei a cabeça divagando até romper em uma dimensão paralela. De repente me deparei com um belo castelo de cor púrpura, cercado por orquídeas raras, uma mangueira alta e com um capacho enorme na porta escrito: “Essa casa é sua”.

André Anlub