Tudo Outra Vez

Por uma fresta que se abre

No véu do tempo passado

Beduíno que maneja o sabre

O lampejo de você ao meu lado

É tão ligeiro e me desnorteia

Este emaranhado de ternura

Como aranha tecendo a teia

É tua mão que a minha segura

Neste medo de sentir teu calor

Pela leveza que me faz flutuar

Me domina o repentino pavor

Dessa carência pelo teu olhar

Bloqueio tudo de que me lembro

Quero fugir, mas dou de cara

Mais uma vez com setembro

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 15/08/2015
Reeditado em 15/08/2015
Código do texto: T5346795
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