Inconturnável Dilema

Foste numa imperdoável onda e foi assim que me abandonaste. Deixaste-me á espera que uma estrela caisse para poderes voltar, deixaste-me esperar pelo momento certo para fazeres dele o momento errado.

Deixei-te amar um nada por me teres tirado tudo, deixei que me roubasses a vida para mais tarde poderes dizer que nunca fora teu. Deixei-te e deixaste-me, cada um deixa o que deixa, fico feliz por nunca te ter questionado se deixavas um pobre coitado ser teu namorado.

Fico feliz por te amar e não por ser amado, pois sou amado por tanta gente que só ai reparo a diferença entre o amar e o ser-se amado.

E amo-te quando estás, quando decides que queres ficar, quando queres ser minha e cais sobre o teto do meu quarto, só ai te quero pois so aí me queres.

Só aí temos o mundo ! A vida de todos os imprudentes num fio, a vida de cada um deles baloiçando ao som do vento, e alguns se perdem por não arriscar e eu rio-me dos outros, dos que ficam, seres que não se encontram conscientes de si mesmos para quererem ser alguém como eu para poderem esperar por alguém como tu.

Hei de me rir até meus ossos quebrarem, pode ser que sintas a flacidez do meu coração e o perdoes ou não contudo irei rir para te poder amar. Rir-me dos outros e espero que rias comigo ou não, ri-te de mim, deixa-me gozar o teu riso, deixa, deixa-me rir só de ouvir o teu riso.

E espero que te rias da mesma forma que te ris comigo para que eles entendam a inutilidade da vida, ao ouvir um riso que insulte o seu próprio som e um formato de sorriso estupidamente alegre, descontraido, que não atrai mas hipnotiza qualquer um que se queira ver perdido de amor.

DScript
Enviado por DScript em 14/08/2015
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