Araucária
(prosa)
_Saúdo-te ó imponente! Mãe de madeiras e pinhões... Um espírito guardião ascendeu sobre as alturas de tuas copas, fez sobre teus galhos uma choupana invisível e de lá assiste o mundo ao teu redor trazendo-te a sua divina proteção._Recita sobre o tempo a presença dos teus cortadores e a cobiça derramada sobre suas ferramentas que se tornam armas de tua extinção.
_Eia! Galopa na respiração mórfica de seus inimigos que acordam assustados com os pesadelos da tua manifestação.
_Dos gritos ocultos de teus ferimentos, teu guardião se prontifica em sabotar machados e serras, de tua seiva escorrida toma partido a retalhar mãos e pés e teus opressores afugentar.
_Entoa um cântico de vitória, encostado nos galhos abertos que abraçam a tua origem secular e o presente de bons frutos, sorrisos e danças nas festivas quermesses do lugar.
_Saudamos-te ó Araucária! Haveremos sempre de te exaltar.