"Pra que?"
Pra que usar tantas máscaras,
Tantas caras e bocas?
Pra que tantos disfarces?
Se você não se convence
Nem mesmo do que penso,
Quanto mais meus sonhos,
Meus ideais?
Não seja falso, olhe para si mesmo
Veja! És você no espelho a se olhar?
Ou será talvez que tens mistérios a desvendar?
Quanto segredos há em teu olhar!
Ele diz tudo e ao mesmo tempo, nada!
Tento descobrir por entre seus passos, calados...
Mas as pegadas são por deveras ocultas, incultas
Não percebes nem mesmo sua culpa
Não há um sinal em seu rosto que defina você
Uma agulha no palheiro é como tentar de olhar por inteiro
Pra que tantas mentiras, algumas repetidas...
São todas iguais...no tamanho e ideais...
Até quando pensará que só você restará,
Neste medíocre mundo ilusório, mesquinho
Neste teu mundo cara metade aonde ao longe passa a verdade
Enquanto vives num mundo de falácias,
Eu aqui sobrevivo sob os estilhaços
Das tuas palavras adornadas pelo falso brilho dourado
Esperando que um dia a sua máscara caia e com ela
Você veja e a encare de frente a cara da verdade...