Manhã de 20 de abril de 2015
(com o pé na estrada, no estado e no estribo)
Já de praxe: meu maracujá gelado e a impressão de algo largo longo lerdo no ar. Ser leigo nas conclusões não é algo estranho? não, nem tanto! Cobiço sempre os pingos nos “is”, e até levo desaforo para casa... Mas sabendo e admitindo que esteja levando.
Sou absolutamente parcial e gosto de ter conceitos sobre tudo... Mas sabendo que os mesmos podem mudar, admitindo e procurando acertar (caso esteja errado).
“Isso” ou o “aquilo” são coisas corriqueiras; mas nada é corriqueiro quando se vive o momento. Há algo no ar: talvez seja somente ar mesmo; talvez seja poluição; talvez seja um cheiro doce que ficou na memória; talvez o cheiro de comunhão, velas acesas e... Esses “trens” (sendo mineiro).
Vou comer um queijo com doce de leite e goiabada, beber uma cachaça e volto.
Há algo no ar: não é algo comum, extra comum, é algo turvo, fora de foco que necessita acabamento... Mas sem martírio! Fiz juramento de arrumá-lo, deixa-lo tinindo (seja lá o que for). Em dado momento a brisa invade a sala e sinto o odor de flor de lírio.
Voltei de bucho cheio e com duas talagadas de cachaça na cachola.
Joguei a moeda ao alto, escolhi “cara”; e foi assim: bateu no chão, rodou, rodou, rodou... Andou um pouco e caiu no vão da pedra. Peguei a lanterna e fui ver ao menos o que havia dado; e foi assim: bateu a luz nela e nada! Agora é algo comum que me tira a atenção e vai na contramão do desejo; agora é pão sem queijo, sexo sem beijo e desconstrução da ação. Fui pegar um imã, uma corda e acabar com o imbróglio... Resgatei a moeda, mas no ínterim do resgate – viagem – volta –, ela rodopiou na linha... Jamais saberei o que deu. Então, se não sei se perdi ou ganhei: é empate.
André Anlub