ALÉM DO MEU QUINTAL

Para onde quer que olhemos,

Em qualquer direção, Se abrirmos a janela da alma veremos:

Existe tanta imensidão...

Além dos montes o que há?

Quantas expectativas sobre o quê realizar!

Porém, a prisão do aquém nos amedronta sobre o além

Fazendo com que imponhamos autolimites.

Sendo a autolimitação a pior das prisões,

Acomodamo-nos com os grilhões das dúvidas

Justificando-nos a nós mesmos com aspirações

Que nos fazem pensar “se ao menos eu tivesse certeza...”

Na segurança que a gaiola oferece, haja vista

Que não nos falta a água e o alpiste,

Pode a porta está sempre aberta,

E ainda assim nos privaremos de alçar voo a outros ares

Talvez contentando-nos com o presente

Optemos por manter os sonhos subjacentes.

O sucesso do agora dará a muitos um futuro de inglória!

Ficamos por fim presos em um impasse: Partir ou ficar?

Além do horizonte o Sol brilha como aqui também,

No entanto, se resolvermos voar

O Sol nunca mais igual nascerá, posto que ousamos voar

Além das montanhas que existem em nós

Descobriremos outras vozes além do eco da nossa voz

Descobriremos por fim que o mundo vai bem para lá

Do fundo do seu ou do meu quintal...