QUIMERA
QUIMERA
Escapou-me entre os neurônios a mais bela poesia que jamais escrevi. Era de amor, um amor louco, que não aconteceu, que deixou uma saudade que não existiu, que deixou marcas indeléveis, que sumiram sem aparecer, uma paixão a dois em um só. Ela era linda, olhos cinzas, pele aveludada, curvas torneadas, pernas qual colunas, pés que não pisavam, mãos mágicas, tudo inerte, uma contemplação, uma deusa diabólica que instigava o amor.
Irreal realidade, mentira verdade, fruto de uma desvairada cabeça poética que o papel branco criou e não desfrutou.