Caixa minha que te guarda!

Encontro um pedaço de papel escrito teu nome e é quando começo a revirar toda aquela caixa atrás de outros. Aos poucos vou encontrando um por um e encaixando as peças onde cada papel vai contando um pouco de nós.

Um tantinho tantão. Um tantinho pelo tão pouco tempo. Tantão pela intensidade do sentimento.

Retomando o quebra cabeça encontro as primeiras palavras da carta. Sim, foi uma carta escrita por mim e não entregue a ti.

A primeira frase dizia "que noite!". Abro um sorriso e penso " Pq o entusiasmo?".

Rio.

E aí começa o filme na minha cabeça e lembro da noite. A melhor noite de todas e que neutralizou toda a forma de sonhar que poderia eu realizar com outra pessoa.

Dizem que o que sinto é bom, mas algumas vezes me fez mal. Continuo lendo a carta, os seus pedacinhos me trás a tona toda sensação que tive naquela noite.

Rio novamente.

Claro que as palavras transcritas no papel não são capazes de personalizar todo o sentimento. Não por já se fazer tanto tempo, mas por não saber comparar a nada tamanha noite.

Era luar que eu debochava a existência.

Resolvo terminar a visita. Fecho os olhos e te guardo de volta. Guardo tudo na caixa e volto ao afazeres.

Um dia retorno.