MADRIGAL
Minhas noites de insônia passadas,
Meus anos jogados fora,
Meu pranto derramado,
E quantos carneiros contados...
Os dias passavam lentamente,
Eu me sentia doente,
Não via além da janela
Que a vida era tão bela
E estava cheia de gente
Que era tão diferente
De quem me travava a frente.
Perdi tanta coisa boa,
Muitas vezes eu não entendia,
Mas bem no fundo eu sabia,
Que embora eu não via
A beleza do mundo existia.