Talvez não

Talvez eu tenha nascido pra viver só.

Em outra vida tenha sido um viajante, um ambulante, um cachorro de rua andando porta a porta à procura de afeto, buscando sentimentos inconcretos e mesmo que fosse pouco talvez eu não tivesse nenhum.

Como existem muitas incertezas, eu preferi não parar... nas casas. As pessoas são diferentes e mesmo que eu goste de gente, o jogo volta a se embaralhar. Frio! Só! Chuva! Va! Escuro! Zio! E isso sim eu tinha! Sentia!

Nada justo esse jogo!

Bocas, arcos! Dedos, Um! Testa beija os olhos! E sem mais fazer afronta, como a bomba relógio solitário lobo se apronta e prepara o próximo talvez... Encontre.

Paulo Medrado
Enviado por Paulo Medrado em 26/07/2015
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T5324781
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