TARDE DE SOL

Tarde de sol, gado a mugir

Ouço feliz a sinfonia dos rincões

E a cada passo , a brisa refrescante

Vem trazer de tão distante

A minha'alma inspirações

Canto a dor de uma saudade

Que o matuto no peito sempre tem

Louvo as proezas dos bravos boiadeiros

Dos amantes e os seresteiros

Que de outros prados tem

Assim eu vou

De alma e coração

Trovando a tarde

Do meu sertão

Versejo os rios de águas puras

Rimo a beleza dos botões que iram se abrir

Choro a rareza das nossas verdes matas

Que um dia a industria ingrata

Irá a todas destruir

Quando atarde vai sumindo

Surge uma estrela no céu a reluzir

Vejo ao longe minha casa esverdeada

Onde dentro minha amada

Me espera a sorrir...

José Braz da Costa

Vejo ao longe minha casa esverdeada

Onde dentro minha amada