FIM DE TARDE DE DOMINGO...

Há silêncio na casa.
Parece que todos saíram...
Desço as escadas, em direção ao jardim.
Vejo plantas, precisando de poda,
vejo outras, precisando de água.
Mas estou sem vontade para nada...
mesmo assim me dirijo até elas.
Minha azaléia, há muito morreu.
Sinto falta dela e saudade.
Seu pé ainda continua fincado
no quadrado que lhe servia
de canteiro... lembrei-me dela viçosa!
A parreira, será podada em agosto
pelos manos.
Há muita simplicidade
neste meu jardim.
Apenas flores campestres,
singelas, nada de nobreza.
As roseiras já se foram pelas formigas.
Sabe o que tem muito? Moça velha!
Num colorido espetacular,
na diversidade da mistura.
Outras, nem sei dos nomes,
mas há cravinas, manacás,
folhagens diversas, beijos boa noite,
samambaias, etc, etc
Ah e palmeirinhas lindas,
essas, precisando cortar
as folhas ressequidas,
e foi o que fiz.
Perdi-me entre folhas
e até me esqueci da segunda-feira,
com alguns problemas para resolver.
Aproveitei para trocar
a água do cachorro, e também dos pássaros,
espalhadas pelo quintal.
Que paz na alma!
A falta de pessoas ao redor,
me fez até bem!
Pude bater um papo profundo
comigo mesma, colocar em ordem
a desordem interior,
falar com Deus
e agradecer por estar aqui
em meio a flores e não espinhos.
Há horas, em que a maior dádiva
é estar em paz conosco mesmos,
podendo enxergar o mundo
pelo prisma da simplicidade
existente nas pequenas coisas
que estão ao nosso redor, esquecidas.
Um aroma, uma flor, um pássaro
a se banhar na água recém colocada,
o sol no céu se despedindo,
o canto dos pássaros nas árvores
já se dirigindo aos seus
aconchegantes ninhos.
Eu, em meio a isso tudo,
nada meu, mas que faz meu coração
ser dono da maior dádiva
que alguém possa possuir:
Paz interior!





 
Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 26/07/2015
Reeditado em 27/07/2015
Código do texto: T5324465
Classificação de conteúdo: seguro