Das ruínas de minha cidade fantasma 4
selo em minha pele selos grafolavados de histórias. no espelho a imagem nítida do que sou sem capa sem casca sem máscara. só o véu nebuloso velado. laguágrima a palavra mergulhada. abaixei a cabeça - como quem mergulha... - sobre cartas recebidas coloquei-as nas garrafas com areias coloridas lancei aos mares e seus regentes. enchi corais de algas e um colar de crânios. meu crânio roto abrigou missangas, enchi fráguas no cerebelo pingente de membros pêndulo pendurado na forca, corpo na guilhotina prisma de lumes e lâminas.
na epifania do dia
flor régia rege a brotação de um sol d'água
gerando pétalas e plânctons -
pura paz na pirâmide de luz
Rio, 2013.