Jardim

Vaguei atônito pela floresta. Perdido, errei por estradas certas. Tonto, fiquei com febre, de imagens, de abismos, onde caí. Não via nada. Sozinho, fiquei com miragens incertas, ora carregadas, ora desaparecidas. E a vida se fechou por completo, definitiva. O silêncio após o choro é sempre definitivo, em tom de estiagem, do corpo desistido de si. E eis que, no escuro, perto do meu olho, estava uma flor, que eu não vi. Uma flor apenas, e dela parecia surgir um jardim.