CHAMOU-ME DE MEU AMOR
Chamou-me de meu amor!
Quanto almejei ouvir isso?
Contudo,
de tão secular a alma,
não acreditei naquele lamento.
Pediu-me para vivermos
um dia após o outro.
Mal sabe ele, que já os morri,
esperando por ele. Afinal de contas,
que homem de hoje era aquele?
Vasculhando escombros,
procurando mapas, fazendo planos,
esparramando sementes
de esperanças pegas às pressas,
do fundo da Caixa de Pandora.
Eu descrente,
acostumada a ler o amor,
aguardo na retaguarda,
para ver o clímax do livro.
Chamou-me de meu amor!
Quanto almejei ouvir isso?
Contudo,
de tão secular a alma,
não acreditei naquele lamento.
Pediu-me para vivermos
um dia após o outro.
Mal sabe ele, que já os morri,
esperando por ele. Afinal de contas,
que homem de hoje era aquele?
Vasculhando escombros,
procurando mapas, fazendo planos,
esparramando sementes
de esperanças pegas às pressas,
do fundo da Caixa de Pandora.
Eu descrente,
acostumada a ler o amor,
aguardo na retaguarda,
para ver o clímax do livro.