Meus versos desnudam
as costas do mundo.
Sob às horas que não a vejo,
a temperança do medo.
Meu corpo combalido 
atropela os fatos,
hesitação, injúria...
Sob o salto dos sapatos, 

esse arremedo.

Morro todos os dias,
no que tentei ser. 
Talvez uma vez,

por nós dois.

Mas, a cada instante,
parte de mim sucumbe,
parte de mim, um nada!
Parte de mim, um tudo.
E que nada fiz, 
por esse depois.


                                      18.07.15