Flor.
Eu página em branco,  folha que vinha sem chão,
Eu, simples pó pelos ares, sem respiração
Nem alegre, nem triste, eu, um simples ser sem ilusão.
Eu sem uma gota de esperança nesse torrão.
Foi um dia, quando o tempo me desfez, me amassou
Foi quando o tempo quis mostrar que no mundo
Ah que nesse mundo não existe bons sentimentos
Nesse mundo desumano, onde há egoísmo e desamor.
Eu que não rascunho versos, quero num só fôlego dizer
Hoje amassei tantos papéis, para falar desse anjo
Que em meio a toda minha busca em vão
Ele veio arrancar do meu peito e da minha alma
A minha vontade de desistir do amor e de morrer.
Num desses dias em que a chuva não é só uma chuva
Um dia daqueles... Foi num dia assim que eu folha.
Que eu folha seca, folha que a vida pisou, quebrou,
Cai sobre um solo que me acolheu que me refez.
Esse anjo que é em minha vida o meu grande amor.
Ele é o meu amado, é a realização de todos os meus sonhos
É com ele que a vida se fez encanto e será para sempre
assim, eu em sua vida e as nossas vidas num mar de amor 
Um lindo amor, mais forte do que tudo.
E iremos navegando nesse oceano de sonhos sem fim.
E eu que era uma folha, seca, hoje sou a flor do seu jardim
Eu sei que o amo, amo e amarei para sempre
Você é a melhor sensação que existe dentro de mim
Fui Folha Seca, hoje sou Flor.
Liduina do Nascimento.