lamparinas no vácuo
a noite de_sabre na névoa voraz - debrum de céu da última tarde de maio - depois das chuvas algas me espraiam, já mortas. mapas traçados se desenrolam das ondas na orla de meus cílios - caminho na névoa - tateando a luz.
desenlaço uma panela de barro do buffet no corredor da casa do silêncio. ao fundo ao centro sangramento de lamparinas dágua no vácuo sem válvula. modelo a tintura branca e preta derramo cinzas memórias em alto mar a correnteza pressiona rochas e magmas - caminho na fímbria do caos quem sabe para reabrir o novo em via de ser velha.
diante da velocidade dos ventos a transitar no vácuo grito até rasgar as águas - o eco me volta atrás... na praia deserta eu movediça e pergaminho.
piso em cacos de vidros e anzóis de sal punhalírico dentro da carne lâminas ambarinas despistam meus passos enterrados e trazem à tona - do naufrágio - a tonta braçada de quem quer se salvar.