LUA CHEIA E QUASE SÓ

Matura couro áspero de botequim

Machuca e sequer reza por mim

Invólucro prata, manhã de luxo

Obscuro e infiel

Chá de osso, resto de fel

Explosivo

Inferno absoluto e eu de luto

Não há esperança!

Hei de saber pouco que hei

Meu rastro pescado, meu nei-nei

Olhar escuro em treval quaternário

Eu no armário

Minhas sandices todas loucas a se lançar

Mais à proa, menos ao mar

Interlúdio

Revolução funesta entre veias e capins

Muito mais de mim

Uma alma com olor de chocolate

Pato que late, vela em lamas

E a garrafa continua cheia.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/06/2007
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T529814
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.