LUA CHEIA E QUASE SÓ
Matura couro áspero de botequim
Machuca e sequer reza por mim
Invólucro prata, manhã de luxo
Obscuro e infiel
Chá de osso, resto de fel
Explosivo
Inferno absoluto e eu de luto
Não há esperança!
Hei de saber pouco que hei
Meu rastro pescado, meu nei-nei
Olhar escuro em treval quaternário
Eu no armário
Minhas sandices todas loucas a se lançar
Mais à proa, menos ao mar
Interlúdio
Revolução funesta entre veias e capins
Muito mais de mim
Uma alma com olor de chocolate
Pato que late, vela em lamas
E a garrafa continua cheia.