Epifanias
Algumas coisas estranhas me acontecem – Não há mais dúvida. Acontecem como uma doença que vai mansamente se instalando. Sinto uma certo estranhamento, um certo incômodo, nada mais que isso. Uma vez instalado aquieta-se para depois voltar.
E agora retorna… Parece expandir. Nos “ontens” eu era totalmente desconhecida de mim mesma. Hoje, ainda o sou, não totalmente. Sei um pouco de mim. Conheço um pouco do que sou. Mesmo me conhecendo tão pouco, quero acreditar que saberei entender e trabalhar todos esses estranhamentos e inquietações que novamente vieram instalar-se em mim.
Olho ao meu redor. Mudanças aconteceram… São tão abstratas! Nada é o tudo; tudo é o nada; tudo é o todo e o nada é o vazio do todo – enfim, nada se fixa. Um instante é, no outro instante deixa de ser.
Pensando bem, tenho que reconhecer que sou um ser sujeito a transformações súbitas, onde pequenas metamorfoses se acumulam para derramar de forma intensa.
E depois o recomeço…